11 de abril de 2011

METAS PARA COMBATER O DESEMPREGO

Nos últimos anos, a tendência à globalização, à maior interação e integração do comércio e das economias, e as fusões das grandes corporações, criaram uma situação inimaginável há três décadas atrás: o desemprego estrutural.

No mundo todo, postos de trabalho foram eliminados pela automação industrial, pela robótica, pelas fusões empresariais e pela introdução de novas tecnologias, como por exemplo a informática.

Além disso, os cortes de pessoal foram essenciais para que as empresas conseguissem manter seus níveis de competitividade, reduzindo seus custos operacionais e os custos fixos. Em muitos países, uma rigorosa legislação trabalhista, obriga ao empregador pagar encargos sociais muito altos. O custo da demissão também é oneroso, e isso desencoraja os empresários a contratar novas pessoas para repor os demissionários.

A partir daí, a dinâmica das relações trabalhistas sofreu profundas transformações. As empresas passaram a terceirizar parte de suas tarefas, reduzindo, assim, seus custos sociais, pois esses trabalhadores não são seus funcionários e recebem pelos serviços prestados.

Uma outra maneira de não aumentar o número de vagas é aumentar a jornada de trabalho por meio de horas extras trabalhadas. Esse expediente tem sido muito utilizado mesmo em países ricos como no Reino Unido e nos Estados Unidos.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho), elaborou um documento sugerindo aos três principais países latino-americanos (Brasil, México e Argentina), que adotem políticas mais ativas para enfrentar o desemprego, e que a criação de empregos passe a fazer parte das metas macroeconômicas, ao lado do controle da inflação e da dívida pública.

Recentemente, vários protestos e paralisações aconteceram em diversas partes do mundo, especialmente nos países europeus como Alemanha, França e Reino Unido por causa do desemprego e por melhores condições de trabalho, além da redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

O desemprego é maior principalmente entre os jovens, que mesmo com boa escolaridade não conseguem colocação no mercado de trabalho.

Para reduzir o desemprego, países europeus estão adotando medidas para combater as altas taxas de desempregados. Entre elas estão a redução das jornadas semanais de trabalho, a limitação dos seguros sociais e a fixação de um salário mínimo muito baixo para estimular a oferta de empregos.

Precisamos todos nos unirmos para evitar um desemprego acelerado no nosso país, pois com o desemprego, não perde apenas os desempregados, mas a economia como um todo.

Professor Marciano Dantas – Natal/RN

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