22 de março de 2012

MALUCO BELEZA, DO SERTÃO AO CARNAVAL

"Opa, tudo bem amigo? Tempão que não faço show por aí... quer dizer, tirando a última vez que foi em um evento fechado. Mas rapaz, vê que loucura: esse teatro onde vou fazer show é legal mesmo? É que um primo meu daí de Natal, Alfeu Valença, veja bem, Alfeu, com 'efe', ligou pra mim dizendo: 'Alceu, você devia vir fazer show no teatro novo que construíram aqui'. Que coisa doida da porra: ele não sabia de nada e ligou no dia que confirmaram esse show", diverte-se o disparado Alceu Valença assim que atende o telefone para concessão da entrevista à TRIBUNA DO NORTE. Para criar um vínculo imediato, o repórter responde: "Ah que ótimo, que coincidência!" (Já dando corda ao entrevistado.) 


A conversa tem um motivo. Depois de anos sem fazer show em Natal, Alceu Valença aporta por aqui amanhã, com a diversidade musical, a poética popular de suas letras e o jeito amalucado de sempre. O show será às 21h, no Teatro Riachuelo. Para compensar o hiato, o cantor e compositor, e agora cineasta, preparou uma compilação significativa com os principais sucessos da carreira, músicas inéditas e novas versões para clássicos de Luiz Gonzaga.

Aos 65 anos, de violão em punho, chapéu panamá, cavanhaque bem cultivado e a vasta cabeleira que o acompanha nesses mais de 40 anos de estrada, Alceu pretende mostrar toda a jovialidade atemporal que permeia seu repertório. Mesmo sem lançar um novo álbum desde 2008, ele garante novidades e adianta que não vão faltar misturas de rock com frevo, xote, baião, coco de embolada, forró, maracatu e "um pop que não é pop" - fusões sonoras que traduzem a gama de influências que recebeu desde a primeira infância, vivida entre o agreste e o sertão, e sintonizam experiências adquiridas em metrópoles de toda parte do mundo. 

Nenhum comentário: