"É uma ansiedade que cada minuto que passa só aumenta, a gente não vê a hora de ele chegar aqui para matar toda saudade e descansar o coração. A gente passou cinco dias de angústia, que a gente nunca esperou passar", afirmou a esposa do jogador, Ysadora de Abreu.
Segundo a mãe do jogador, Tarciane Pinheiro, a família já está mais aliviada, desde que Edson conseguiu fugir da guerra na Ucrânia com ajuda de voluntários brasileiros, mas a ansiedade para abraçar o filho ainda é grande.
"O coração está mais tranquilo. Me desesperei muito, nunca pensei em passar por um aperreio daquele pelo que passei, mas graças a Deus agora é só esperar para abraçar meu filho. Tem muito a agradecer a Deus e a esses voluntários que estavam lá. Nenhuma mãe deve passar pelo que passei, sei que tem muitas ainda, mas se Deus quiser elas vão conseguir essa vitória".
Da capital da Hungria, Budapeste, Edson pegou um voo na manhã desta quarta (2) com destino à Alemanhã, para, de lá, embarcar em um voo para Guarulhos, em São Paulo. Após a chegada ao Brasil, ele vai pegar outro avião até Natal. A estimativa é de que ele chegue ao Rio Grande do Norte por volta das 11h da quinta-feira (3).
"Não vejo a hora de abraçar meu filho. Vai ser uma noite que vai demorar muito para passar, porque a gente não vai conseguir dormir", relatou Tarciane.
O início da invasão russa à Ucrânia no dia 24 de fevereiro mudou completamente os planos do jogador natalense Edson Fernando, de 23 anos, contratado recentemente pelo time de futebol ucraniano Rukh Lviv. Ele treinava no país e participava de jogos amistosos para estrear oficialmente pelo clube na última segunda-feira (28), mas o campeonato nacional foi suspenso após o início da guerra.
Edson estava na cidade de Lviv, que fica perto da Polônia, e resolveu partir com colegas de clube para a fronteira para tentar deixar a Ucrânia. Parte do percurso foi feito a pé. Apesar disso, o jogador passou cerca de quatro dias na fronteira, sem conseguir atravessá-la. Até que, junto com o colega de clube e a namorada dele, foi resgatado por uma brasileira que entrou na Ucrânia para tentar ajudá-los. Eles conseguiram sair da Ucrânia pela Hungria na última segunda-feira (28).
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