Diante da possibilidade da volta da CPMF não ser aprovada pelo Congresso Nacional, o governo Dilma Rousseff (PT) já pensou em um plano B. A ideia é elevar tributos que não dependem da autorização do Legislativo. É o caso, por exemplo, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Para o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que é economista por formação, a solução para estancar a crise e o rombo bilionário das contas públicas do país passa, necessariamente, pelo afastamento da presidente Dilma. O tucano alerta ainda que é fundamental um "enxugamento da máquina e a realização de reformas que o PT não ousou empreender em mais de 13 anos de governo".
De acordo com o deputado, a carga tributária brasileira se aproxima de 40% do PIB. Querer aumentar isso, aponta, "é como dar uma super dosagem de medicação a um paciente em estágio terminal". Rogério afirma que mais impostos acarretarão em consequências dramáticas. “Quando aumenta a carga, os empresários fecham postos de empregos, os desempregados param de consumir, o comércio deixa de vender e fica com estoques altos, a indústria não recebe encomendas e começa a desempregar também. É um circulo vicioso”, explica.
Segundo Rogério, qualquer iniciativa que vise tributar ainda mais o cidadão deve ser repudiada. Ele avalia que o governo errou feio e agora quer tomar essas medidas por desespero. “Não precisariam falar em aumentar impostos se tivessem feito o ajuste fiscal da maneira certa, se tivessem empreendido as reformas tributária, previdenciária e trabalhista. Estamos falando de um governo que está no seu 13º ano. Essas reformas são fundamentais para desburocratizar e agilizar a economia”, argumentou.
O tucano alerta que o governo deveria diminuir despesas, pois o Orçamento é engessado, mas prefere jogar a conta para ser dividida pela sociedade. Ele diz não acreditar que a CPMF seja aprovada e nem mesmo que prospere a ideia de aumentar outros impostos. Segundo ele, o governo Dilma não tem credibilidade e também não teria coragem de impor ainda mais problemas à economia com medidas como essa, pois já levou o país à recessão e tem uma reprovação popular incomparável.
O deputado acredita que o estabelecimento de um novo governo terá impactos positivos imediatos. Com uma nova gestão, a confiança pode ser retomada. Investidores e empreendedores passam a ter um horizonte. Mas ele ressalta que a futura gestão terá o desafio de diminuir o tamanho do Estado, o que pode incluir a redução da quantidade de ministérios, o corte de cargos comissionados e diminuição no repasse para instituições que hoje estão instrumentalizadas pelo governo do PT.
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