17 de dezembro de 2009

AGENTES DE ENDEMIAS NA LUTA CONTRA O CALAZAR


O calazar é uma protozoose, ou seja, uma infecção ocasionada por um protozoário do gênero Leishmania dos cães especialmente e transmitida ao homem tendo como vetor um inseto da ordem dos dípteros com o nome popular de palhinha que cientificamente é o Phlebotomus (flebótomo), através da picada deste inseto nos cães doente ao homem.

Esta zoonose era uma afecção tipicamente rural, mas está se urbanizando em virtude das transformações climáticas e/ou o desmatamento. Aliás, também a emigração do homem da Zona Rural às grandes Áreas Metropolitanas com o flebótomo é a verdadeira causa do aparecimento do calazar ao homem com as suas nefastas implicações à saúde pública.

Existem duas formas clínicas do calazar que são a leishmaniose tegumentar americana e a leishmaniose visceral.

Agente infeccioso protozoário cujo nome científico é Leishmania donovani vetor hospedeiro intermediário é um díptero entomologicamente falando conhecido como flebótomo de hábito alimentar hematofágico. Ele vive em locais onde há muita matéria orgânica como currais e estábulos na Zona Rural.

Sinonímia: calazar, úlcera de Bauru, ferida braba e leishmaniose (termo técnico).

Espécie susceptíveis: Cães especialmente e raposas, bem como o homem. Não há transmissão de um animal diretamente ao outro animal e sim através do hospedeiro intermediário que é o inseto.

Sintomatologia. Cães: onicomegalia (unha grande), feridas nas patas, focinho, orelha e no corpo de um modo geral, confundindo-se com a sarna sarcóptica ou Sarcoptose.

OBS: Sintomas da leishmaniose tegumentar americana.

Leishmaniose visceral (calazar): espleno-hepatomegalia que significa o aumento do baço e do fígado concomitantemente, anemia, emagrecimento, falta de apetite, ascite (barriga dágua) e morte.

Tratamento preventivo: é feito com a borrifação onde habita o inseto que é o vetor desta zooantroponose, bem como educação sanitária através de palestras por um técnico sanitarista.

Tratamento curativo: No homem glucantine através da prescrição de um médico sanitarista em ambulatório, hospital ou domiciliar; nos cães não existe tratamento. Aliás, este tratamento é muito dispendioso para o proprietário do animal. Em caso de suspeita conduzir o animal ao Centro de Controle de Zoonoses para que seja coletado o sangue e remetido ao laboratório especializado para identificação ao caso em apreço. Em caso positivo este animal tem que ser sacrificado a bem da saúde pública.

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